DEPOSIÇÃO DE SERAPILHEIRA EM ÁREAS DE POUSIO E EM FRAGMENTOS DE CAATINGA NO MUNICÍPIO DE OURICURI, PE

Maria do Socorro Conceição de Freitas, Camila de Mairins Pereira, Taidson da Silva Oliveira, Mirele Alves Cassimiro, Tatyana Keyty De Souza Borges, Farnézio de Castro Rodrigues

Resumo


A serapilheira, proveniente da deposição da necromassa do dossel, é um importante componente dentro dos ecossistemas devido a sua importância na ciclagem de nutrientes e acúmulo de matéria orgânica no solo. Portanto, a avaliação da produção de serapilheira pode ser utilizada como um indicador da qualidade do sistema de produção e como ferramenta para subsidiar estratégias de manejo adequadas a capacidade de regeneração das florestas nos mais diversos ambientes. O objetivo deste trabalho foi quantificar a produção da serapilheira em área sob pousio com diferentes estágios sucessionais de regeneração natural e em fragmentos de caatinga remanescentes. O experimento foi conduzido no Sítio Umburana do Simão, situado na Estrada do Tamboril, no município de Ouricuri-PE, em três áreas de pousio com idades de sucessão ecológica diferentes e dois fragmentos de caatinga remanescente: A1- pousio há15 anos, após cultivos intensivos de melancia; A2- pousio há 20 anos, após cultivos subsequentes de melancia, milho, feijão e macaxeira; A3-pousio entre 10 e 15 anos, antes do pousio foi cultivado milho durante três anos; A4- área de transição entre os sistemas agrícolas e pouco antropizada; e A5 área sob vegetação de caatinga remanescente. O experimento foi instalado em outubro de 2018, sendo alocada aleatoriamente, em cada área, quatro coletores 1,0 m x 1,0 m. A coleta do material decíduo foi realizada mensalmente no período de novembro de 2018 a abril de 2019, totalizando seis amostragens. Após a coleta, o material decíduo foi previamente secado ao ar e fracionado em folhas, ramos, partes reprodutivas e miscelânea. O material fracionado foi acondicionado em sacos de papel e secado em estufa com circulação de ar forçado a 65ºC, até obtenção de massa constante. Verificou-se que produção de serapilheira é menor nas áreas sob pousio e que foram anteriormente cultivadas intensamente. Os componentes folhas e miscelânea foram os que mais contribuíram para formação da serapilheira ao longo do estudo. O estágio sucessional da área influencia diretamente na produção da serapilheira, o que pode contribuir para uma maior deposição de alguns componentes da serapilheira quando comparados com áreas de remanescentes de caatinga.

 


Palavras-chave


Necromassa; Ciclagem de nutrientes; semiárido.

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