Mapeamento dos quintais e práticas ancestrais das mulheres Pankará na Aldeia Enjeitado - Carnaubeira da Penha/PE
Resumo
Muito se discute sobre saberes dos povos tradicionais e a sua contribuição para o fortalecimento e construção de identidades. neste aspecto, o estudo - in loco - das práticas ancestrais de mulheres indígenas Pankará, apresenta-se como elemento que irá qualificar práticas e ações de ensino, pesquisa e extensão a partir da escuta das vozes que co-habitam os espações de existência humana - Aldeia Enjeitado e IFSertãoPE - Campus Floresta, através da conexão local e interpessoal, interpretação das vivências cotidianas possibilitadas pela opção etnometodológica. Com o tema: Mapeamento dos quintais e práticas ancestrais das mulheres Pankará na Aldeia Enjeitado - Carnaubeira da Penha/PE, a presente proposta buscará realizar uma aproximação entre a comunidade acadêmica do IFSertãoPE – Campus Floresta e o território de existência humana e produção de saberes dos seus educandos, com o objetivo de sistematizar as práticas ancestrais das mulheres e as relações desenvolvidas a partir do manejo com os seus quintais. Conhecer para valorizar, conhecer para respeitar e, especialmente conhecer para estabelecer um diálogo teórico articulado e contextualizado, onde os saberes acadêmicos dialoguem com as demandas sociais e possam contribuir diretamente para uma transformação na vida das pessoas alcançadas pelo IFSertãoPE. Assim, espera-se conhecer a realidade das alunas e alunos que chegam ao Campus Floresta – para continuidade da vida acadêmica – e dessa forma, poder redimensionar o currículo e pautar o fazer docente mediatizado pelo contexto de vida do seu público. Discutir educação contextualizada na perspectiva da formação humana requer uma aproximação e diminuição da distância entre o que se ensina e o que se vive. Por tanto, justifica-se a importância do projeto como forma de alimentar o ensino e, posteriormente ações de extensão e inovação, partindo da observação participante dos modos de viver e produzir vida no território Pankará, lugar de onde o Campus Floresta recebe significado quantitativo de educandos. Objetiva-se – também – combater a reprodução de uma narrativa única, que descaracteriza e marca com estereótipos os povos tradicionais. Respeitar as vozes dos sujeitos que detêm o lugar de fala é a premissa para um convívio respeitoso e diverso.
Palavras-chave
Quintais medicinais; indígenas; natureza
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