MULTIPLICAÇÃO E PARÂMETROS BIOMÉTRICOS DE COLÔNIAS DE ABELHAS MANDAÇAIA (Melipona mandacaia) NO MELIPONÁRIO DIDÁTICO DO IFSERTÃOPE CAMPUS OURICURI

Társio Thiago Lopes Alves, Jowills Expedito dos Santos Neto, Guilherme Delmondes da Silva, Maria Luiza Holanda da Silva, Francieli de Souza Silva, Isaque Alves Mendes

Resumo


A legislação vigente restringe a captura de enxames silvestres na mata, portanto, mas do que nunca é necessário fazer divisões de colônias para ampliar a quantidade de colônias nos meliponários. A pesquisa objetivou-se em estudar o desenvolvimento de colônias de abelhas nativas da espécie Mandaçaia (Melipona mandacaia) a partir de divisão de colônias no meliponário didático do IFSertãoPE Campus Ouricuri, durante o ano de 2022. Realizou-se a divisão de uma colônia e as duas colônias (01 colônia mãe e 01 colônia filha) serviram como tempo zero. Semanalmente (DAD - Dias Após Divisão: 0DAD; 7DAD... 91DAD) coletamos os dados referentes aos parâmetros métricos das colônias: quantidade de discos de crias, área ocupada pelas crias, e a quantidade e área ocupada por potes com alimento (melado e/ou pólen) para se ter um embasamento do desenvolvimento da colônia. Inicialmente, a colônia mãe teve sua quantidade de discos de cria, potes de mel e consequentemente as respectivas áreas reduzidas em virtude da interferência da divisão, posteriormente a área de cria aumentou nas três semanas seguintes após a divisão (até 21 DAD), tendo uma redução até a 70 DAD e voltando a crescer até o fim da pesquisa. Quando se trata da colônia filha, verificamos que a área de alimento manteve-se estável nas três semanas iniciais (21 DAD), aumentando até o fim do estudo. Observamos a diminuição na quantidade de discos de cria e consequentemente na área de cria até 28 DAD e na quantidade de potes com alimento e área de alimento até 21 DAD, em virtude de uma incidência severa do predador forídeo, que nos obrigou a fazer intervenções. Após as intervenções, os parâmetros mantiveram-se estáveis até 49 DAD, quando observamos a presença da rainha. A partir dos 70 DAD verificamos um acréscimo na quantidade de disco e na área de cria, bem como na reserva de alimento. Conclui-se que a abelha mandaçaia desenvolveu-se muito bem após o processo de divisão, apresentando adaptação e capacidade de se desenvolver mesmo diante de eventos imprevisíveis, desde que, seja realizadas técnicas de manejo eficazes.

Palavras-chave


Biometria; Meliponicultura e Divisão de colônias

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