Uso da Manufatura Aditiva na Produção de Cadeiras de Rodas para Pets

Resumo

No Brasil, há cerca de 132 milhões de animais de estimação, de acordo com dados do IBGE. Nesse universo de animais, deficiências limitantes podem ocasionar problemas motores que afetam o movimento das patas
frontais e/ou traseiras impedindo a locomoção. Em alguns casos, uma cadeira de rodas adaptada para esses animais pode devolver a capacidade de movimento. Porém, a confecção de cadeiras de rodas personalizada
tem um custo elevado, podendo ainda não se adequar a deficiência que o animal possui. Assim, esse trabalho tem como objetivo proporcionar mobilidade para cachorros e gatos com alguma deficiência através de
cadeirinhas customizadas de baixo custo utilizando a manufatura aditiva como processo principal de confecção. O projeto se caracteriza como pesquisa aplicada, exploratória e com prototipagem. Foram
utilizadas três impressoras diferentes para produção do protótipo, cano PVC, parafusos, cola e fitas de apoio. O custo da solução de cerca de R$ 50,00. O filamento utilizado foi o PETG (Polietileno Tereftalato Glicol).
O PETG foi escolhido por ser o único material considerado Food Safe, não sendo tóxico aos animais e apresentando boa resistência à compressão e exposição a altas temperaturas. O software Blender foi utilizado para modelagem e modificação das peças que foram obtidas através do site Thingiverse. A produção dos primeiros protótipos aconteceram com êxito, sendo possível reduzir o valor da produção das cadeiras de rodas em 80% comparando a produtos disponibilizados para venda no mercado. Além disso, as cadeiras podem ser ajustadas de acordo com a necessidade específica do animal e se adequar a seu tamanho. Sendo assim, a utilização da manufatura aditiva pode ser uma solução para que pessoas que não tenham condições de obter cadeiras de rodas para seus animais. Dessa forma, como resultado é possível proporcionar uma melhor qualidade de vida para estes animais.