TOLER NCIA AO CALOR EM OVINOS EXPOSTOS EM FEIRAS AGROPECUÁRIAS NO SERTÃO DE PERNAMBUCO

Resumo

Introdução: As exposições agropecuárias provocam uma mudança drástica na rotina dos ovinos, provocando estresse; que pode ser potencializado por instalações inadequadas, não garantindo o mínimo de conforto térmico durante o evento, gerando perdas produtivas e econômicas. Ovinos são animais homeotérmicos, controlam sua temperatura corporal, em uma temperatura ambiente limitada, é essencial ofertar instalações que mantenham as temperaturas ambientais próximas das condições de conforto térmicos ideais. Objetivo: Avaliar a como o clima pode interagir com os animais alterando o seu conforto térmico durante o período de exposição ao ambiente de feiras agropecuárias, através da frequência respiratória e da temperatura superficial do corpo. Materiais eMétodos: Pesquisa realizada em Granito-PE, agosto de 2019. Foram avaliados 12 fêmeas ovinas, 6 da raça Dorper (PM = 62,4 Kg) e 6 da raça Santa Inês (PM = 79,49 Kg). As variáveis ambientais (temperatura do ar, umidade relativa) e fisiológicas (TMS e FR), os índices ambientais (ITU e ITGU) foram aferidos a cada hora em um período de 12 horas, durante 3 dias. Submeteram-se os dados obtidos à análise de variância e comparação de médias pelo teste de Tukey (5% de probabilidade) com auxílio do Programa SISVAR.  Resultados: No horário crítico, entre 12 e 15 horas, com médias de 29°C de Ta, 42,8% UR, ITU 78,3 e ITGU 79,8; a TMS de 33,8°C e 35,5°C, a FR de 90,9 e 51,8 mov./min para Dorper e Santa Inês, respectivamente, caracterizaram estresse ambiental variando entre o ameno e o perigoso. A raça Santa Inês se mostrou mais eficiente em manter a homeostase através da FR. A raça Dorper fez maior esforço através da FR para manter com temperatura estável. Ambas as raças recuperaram a homeostase no decorrer das horas. Considerações Finais: Os aumentos na TMS e na FR associados ao ITU e ITGU sugerem que os animais sofreram estresse térmico nos períodos mais quentes do dia, porém, sem extrapolar os limites críticos para a espécie, o que podem indicar que as raças são tolerantes ao ambiente, nas condições de feira agropecuária, sugerindo-se melhorias nas instalações, permitindo que os animais permaneçam dentro da zona de conforto térmico ideal.