A Filosofia Pop “não poupa ninguém”: o ensino de filosofia a partir de conteúdos desprezados
Resumo
O presente trabalho surge a partir de algumas inquietações em torno do ensino de filosofia, enquanto professor do ensino médio. Desse modo, busca-se compreender algumas dessas inquietações, tais como: é possível ensinar filosofia por meio do não filosófico? E a partir das artes, da cultura pop? Qual a importância de um ensino de filosofia contextualizado com a realidade dos estudantes secundaristas? Será que existem conteúdos desprezados pela filosofia e quiçá os estudantes poderiam ter um certo apreço por esses conteúdos? Como por exemplo, a cultura brasileira, gênero e sexualidade, o cotidiano. Para a viabilização deste trabalho, utilizar-se-á pesquisa bibliográfica considerando esta enquanto levantamento de dados. Nisto, é a partir de Charles Feitosa (2022), que conceitua-se o que vem a ser a Filosofia Pop, que destaca-se por ser uma proposta de ensino de filosofia a partir do não-filosófico baseado na inter-relação de saberes, conectando assim a filosofia com as artes, ciências e culturas. Mantendo também um diálogo com Márcia Tiburi (2016) a fim de descrever o que seriam esses conteúdos desprezados para o ensino de filosofia no ensino médio, uma vez que vale destacar que os conteúdos desprezados são relativos ao seu contexto e a sua temporalidade, de modo que determinado conteúdo/assunto podem ser desprezados num determinado local e em outro não, em uma determinada época, já em outra passar a ser altamente relevante para a filosofia tradicional, de modo que a referida autora divide os conteúdos desprezados em três grandes categorias, que são as seguintes: corpo, arte e loucura. E assim, coloca-se a problemática em torno do ensino de filosofia. Culminando na produção de uma proposta pedagógica executável baseada metodologicamente na Filosofia Pop, que viabilize a ressignificação do ensino de filosofia, destacando-a como um ensino de filosofia do seu tempo e do seu lugar.
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