ESTIMATIVA DA EVAPOTRANSPIRAÇÃO DE REFERÊNCIA PELA EQUAÇÃO DE HARGREAVES-SAMANI NO ESTADO DE PERNAMBUCO, BRASIL

Lidaiana Maria da Silva, Aureo Silva de Oliveira, Christianne Farias da Fonseca, Maria do Socorro Conceição de Freitas, TATYANA KEYTY DE SOUZA BORGES

Resumo


Uma alternativa para subsidiar a demanda hídrica adequada para uma cultura pode ser realizada com base no estudo da estimativa da evapotranspiração. Nesse contexto, a pesquisa teve como objetivo avaliar o desempenho da Evapotranspiração de referência (ETo) a partir do método de Hargreaves-Samani diária em comparação com o método padrão Penman-Monteith, doravante PM56, parametrizado pela UN-FAO no Manual 56 de Irrigação e Drenagem, para as condições climáticas do estado de Pernambuco (8° 19’ 59’’S e 37° 45’ 0’’ W). A pesquisa utilizou dados dos anos de 2015-2017, das estações meteorológicas automáticas do Instituto Nacional de Meteorologia-INMET, instaladas nos municípios de Petrolina, Recife, Garanhuns, Arco Verde, Ouricuri e Cabrobó. Inicialmente, os dados meteorológicos foram tabulados em planilha eletrônica, em intervalos horários, ajustados para hora local e, posteriormente, agrupados para dados diários. Para a determinação da ETo utilizou-se o software REF-ET. Observou-se que, de um modo geral, a média diária de ETo por HS (4,76 ± 0,43 mm) foi inferior à de PM-FAO 56 (5,29 ± 0,80 mm). Contudo, ao analisar isoladamente a amplitude para cada município, o método de HS superestimou a ETo em relação ao método de PM-FAO 56 apenas em Garanhuns, correspondendo a 0,30 mm (7,73%). Dentre os seis municípios estudados, o que apresentou índice de confiança “muito bom” foram Garanhuns e Arco Verde. Em seguida, têm-se os municípios de Petrolina e Ouricuri, com desempenho “mediano”. Portanto, a equação de Hargreaves-Samani (1985) apresenta-se como uma alternativa para estimar a evapotranspiração diária nos municípios de Garanhuns (R2 = 76,26%), Ouricuri (R2 = 70,02%) e Arco Verde (R2 = 83,56%) em que a disponibilidade de dados meteorológicos é limitada.

Palavras-chave


Irrigação; variáveis meteorológicas; semiárido; manejo eficiente

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