USO DE COLEÇÃO ICTIOLÓGICA DO RIO SÃO FRANCISCO COMO FERRAMENTA NA EDUCAÇÃO AMBIENTAL INCLUSIVA

Resumo

A Educação Ambiental para as pessoas com algum tipo de deficiência deve seguir os princípios da Educação Inclusiva. Todas as pessoas são importantes para a conservação ambiental, com ou sem deficiência, e essa importância precisa ser ressaltada. As coleções ictiológicas têm caráter didático científico e, em muitos casos, representam um único registro de uma espécie extinta ou de espécie forma selvagem, promovem apoio a programas de Educação Ambiental. Atualmente há no Laboratório de Piscicultura do IFSertãoPE Campus Petrolina Zona Rural (CPZR) uma coleção de referência com 30 exemplares de espécies nativas, endêmicas e exóticas do rio São Francisco, uns taxidermizados (via seca) e outros conservados em álcool 70 (via úmida). Porém, a sala não estava acessível a pessoas com deficiência. Diante disso, o objetivo deste projeto foi promover Educação Ambiental Inclusiva tornando à sala da coleção ictiológica do Campus Petrolina Zona Rural acessível a pessoas com mobilidade reduzida e/ou com deficiência física, visual e auditiva. Conhecendo características gerais, anatomia externa, hábito alimentar, reprodução, ecologia e formas de preservação e conservação das espécies de peixes do rio São Francisco depositados na coleção. Foi realizada algumas adaptações nas placas dos peixes, como identificação em Braille, sinais de Libras e QR Code com o sinal de cada peixe em Libras criado pela comunidade surda da ASP (Associação de Surdos de Petrolina). Realizou-se a reforma da rampa de acesso ao laboratório de piscicultura, onde a sala da coleção fica localizada. No período do projeto recebemos 376 visitantes, sendo um com deficiência auditiva. Sabe-se que espaços escolares acessíveis, permitem que todos os alunos participem das atividades de forma igualitária, criando um ambiente de aprendizado diversificado, onde se sintam valorizados e respeitados.