A desconstrução das imagens: a estética da crítica
Resumo
O presente projeto tem como problemática os estereótipos criados ao longo de 500 anos de colonização e que reverberam nas identidades indígenas no meio escolar. Assim, o Campus Floresta possui um representativo número de discentes oriundos de comunidades indígenas e, nesta perspectiva, dialogando com estes estudantes, busca-se a criação de um fotolivro com alunos indígenas a fim de dirimir o preconceito e os estereótipos criados através do processo de opressão vividos por estas comunidades.
Nesse projeto, objetivamos incentivar a discussão acerca da identidade indígena no ambiente escolar, bem como a quebra de estereótipos acerca da participação desta comunidade nos espaços escolares, e assim, criar através de imagens um fotolivro que possibilite o diálogo e a construção de espaços saudáveis para estudantes indígenas nos diversos espaços escolares da cidade de Floresta.
O percurso metodológico abordou inicialmente o aprofundamento dos principais referenciais teóricos acerca da temática da estética como crítica das identidades e alteridade. Depois, foram realizadas reuniões com estudantes indígenas do Campus Floresta discutindo sobre temas como alteridade, identidade, gênero e, principalmente, como os discentes indígenas se veem dentro do meio escolar. Por fim, formou-se um grupo de alunos que participarão do fotolivro que tematiza a desconstrução dos estereótipos indígenas estabelecidos pela sociedade com a utilização da imagem como crítica social e cultural.
O projeto ampliou o conhecimento que se tem acerca da identidade indígena e de como desconstruir os padrões estéticos e estereótipos impostos no imaginário social. Espera-se como resultado um fotolivro dedicado aos estudantes oriundos dos povos indígenas da cidade de Floresta com o intuito de criticar os estereótipos e levantar uma importante discussão da participação indígena na sociedade. Ainda, o fotolivro terá formato bilíngue para divulgação em países de língua inglesa. A partir de estudos como esse, é possível estimular o debate e a construção de um espaço mais dialógico e igualitário.
Assim, concluiu-se que apesar da forte presença indígena na instituição no que tange aoespectro discente, a autoafirmação e visibilidade deste grupo ainda é um problema dentro dainstituição. Logo, através de uma estética crítica e reflexiva, podemos fomentar aauto-identificação e diminuir através de ações e diálogos o preconceito estereotipado dos nãoindígenas para com os indígenas.
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