BIOATIVIDADE DO EXTRATO AQUOSO E DO ÓLEO ESSENCIAL DE FOLHAS DE VITIS VINIFERA SOBRE LARVAS DO MOSQUITO AEDES AEGYPTI

Jaermison Silva Nunes, Elizângela Maria de Souza, Vitor Prates Lorenzo, Eliatânia Clementino Costa, João Afonso Nunes da Cunha Júnior

Resumo


Introdução: As arboviroses são caracterizadas por um grupo de doenças virais, ocasionadas pela picada de artrópodes hematófagos, como exemplo o Aedes aegypti.  A maneira mais usual ao controle do A. aegypti é a aplicação de produtos químicos sintéticos, o que podem resultar na resistência do mosquito, implicando maiores danos ao meio ambiente, gerando outras doenças e prejuízos econômicos. O uso de produtos naturais a base de plantas pode ser uma alternativa eficaz contra o A.aegypti. Objetivo: Avaliar o efeito in vitro do extrato aquoso e o óleo essencial de folhas de videira Vitis vinifera (BRS- Vitória) sobre larvas do mosquito Aedes aegypti. Materiais eMétodos: As folhas de videira foram desidratadas em estufa e trituradas em um moinho de facas até a obtenção de um pó fino. Foram preparadas cinco soluções diferentes, sendo utilizadas 1g, 2g, 3g, 4g e 5g do pó em 100 mL de água destilada. O delineamento foi inteiramente casualizado, sendo seis tratamentos (0,1, 2, 3, 4 e 5% do extrato) em triplicata, foram utilizadas 270 larvas (L2-L3), 15 por recipiente. A mortalidade larval foi observada com 24h e 48h após aplicação do extrato aquoso.  Resultados: Observou-se que na leitura de 24 horas dos bioensaios in vitro com uso de extrato aquoso das folhas de V.vinifera contra larvas de A. aegypti, submetidas as diferentes concentrações,  a taxa de mortalidade seguiu uma tendência linear,  indicando que o aumento na concentração do extrato está fortemente relacionado com o aumento na taxa de mortalidade, sendo a melhor taxa 5%. Para 48h a taxa de mortalidade maior foi de 40% na concentração de aproximadamente 2,7% de extrato. Considerações Finais: O extrato aquoso de V. vinifera (BRS Vitória) apresentou maior toxicidade larval em tempo de exposição de 24h na concentração de 5%, portanto, pode ser desenvolvido a partir disso, um controle alternativo, biodegradável, seguro e natural frente ao A. aegypti, o que demanda a continuidade dos estudos. Sugere-se que reavalie através de novos bioensaios as concentrações utilizadas nesta pesquisa, em tempos de exposição menores que 24h, como 3h, 6h, 12h.

Palavras-chave


arboviroses, folhas, larvicida, videira

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