VERIFICAÇÃO DA INFLUÊNCIA DAS FIBRAS DE AÇO NA RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO DO CONCRETO

Resumo

Introdução: É do conhecimento comum que o concreto é um material bastante utilizado na construção civil. Dessa forma, vê-se a importância de se conhecer o concreto como material estrutural, frente as solicitações que lhe são impostas. A utilização dos compósitos na construção civil data de muitos anos. Recentemente surgiram novas tecnologias que aumentam a possibilidade de utilização desses compósitos. Entre as novas inovações na construção civil pode-se citar o concreto reforçado com fibras e aço (CRFA). Objetivo: Este trabalho tem como objetivo fazer uma verificação prática da influência da utilização de fibra de aço no concreto. Para tanto, buscou-se verificar o comportamento do CRFA, em comparação ao concreto convencional, usando a medida da resistência à compressão em corpos-de-prova cilíndricos. Materiais eMétodos: Para atingir os objetivos da pesquisa foram realizados ensaios de consistência do concreto (slump test) e de resistência à compressão, em corpos-de-prova cilíndricos, e comparado os resultados para concretos confeccionados para atingir duas resistências (15 MPa e 30 MPa) e dois teores de fibras de aço (0,50% e 1,0%). Buscou-se também obter e entender o crescimento da resistência à compressão do concreto com o aumento do teor de fibras de aço em função do tempo (7, 14, 21 e 28 dias).  Resultados: Os resultados mostraram que não houve um padrão de crescimento da resistência à compressão ao longo do tempo em nenhum dos concretos. Porém, os traços de concreto confeccionados para atingir 30 MPa de resistência à compressão apresentaram os maiores aumentos de resistência (35,16% e 26,44% para os traços com 0,5% e 1% de fibra de aço, respectivamente) em relação ao traço de concreto sem fibras. Considerações Finais: Por fim, observou-se que, para os teores de fibras estudados, o ganho mais significativo na resistência à compressão dos concretos ocorreu para os concretos com 0,5% de fibras de aço, para o traço de 30 MPa (35,16%). Isso pode ser explicado pela dificuldade no adensamento do concreto, no interior dos corpos de prova, com uma maior quantidade de fibras de aço (1%), que pode ter provocado vazios no interior do material e, consequentemente, uma pequena redução na resistência à compressão.